Relato: de Parnaíba (PI) a Jericoacoara (CE) – Parte 1

Antes da viagem – o planejamento

Já sabia desde o início do ano que iria a trabalho para Fortaleza. Desde então comecei a viajar no mapa em um possível percurso para uma cicloviagem, sem saber ao certo se teria tempo pra isso. Queria fugir de rotas turísticas mais conhecidas (como Canoa Quebrada, até mesmo Jericoacoara, ou descer para Natal), deixando essa possibilidade para viagens futuras, inclusive sem bike. Vendo no mapa o pequeno litoral do Piauí não tive dúvidas: percorrê-lo por completo seria um roteiro interessante, e que provavelmente conseguiria fazer. Eram 66km saíndo de Parnáiba (divisa com Maranhão) até Cajueiro da Praia (limite com Ceará). Dependendo de quantos dias tivesse, pensei em entrar pelo litoral do Ceará até onde conseguisse ir (bem ao estilo do blog), retornando depois de ônibus para Fortaleza.

Uma cicloviagem de última hora

Organizar a viagem foi o mais difícil, e a correria do trabalho não me deixou muito tempo pra isso. Os mapas e rotas por BR’s consegui fácil, mas na verdade queria pedalar todo o percurso pela praia, sem saber se isso seria possível. Passeei pelo Google Earth, vi algumas rotas altenativas, mas nada muito concreto. E ainda faltava o principal.

Com que bike eu vou?

Levar Joelma era uma vontade, mas percebi que seria complicado. Seriam 200 pratas pra transportar no avião, mais 200 e pouco por um mala-bike, para guardá-la. Isso tudo pra não ter a certeza da viagem. Só saberia se ia conseguir viajar um dia antes, depois da reorganização de uns compromissos profissionais.

Pensei então em alugar ou comprar uma bike usada em Parnaíba, mais simples, pra pedalar os 3 dias. Meio sem saber o que fazer, entre numa sala de bate-papo da cidade de Parnaíba, e uma conjunção internética universal me fez dar um passo importante na viagm: saí do bate-papo com o endereço de uma bicicletaria e um nome: Reginaldo, da Aro Peças.

Começa a viagem

Peguei o ônibus quinta-feira (16/07) a noite para Panaíba, chegando na sexta 6 da manhã. Tomei um café e parti direto para a loja, que era próxima à rodoviária.  Ao chegar na loja, só vi bicicletas novas, e perguntei por Reginaldo. Ao aparecer, falei do meu projeto de viagem, e perguntei sobre bicicletas usadas. O vendedor se empolgou, e ao abrir uma porta ao lado da loja, vários quadros e bicicletas usadas nos mais variados estados de conservação.

Após avaliar as possibilidades, fiz minha escolha: uma bike vermelha, pequena, da marca Prince. A bike era simples, frágil, na minha opinião mais voltada para uso básico, em asfalto e pequenos passeios na cidade. Mas era o que eu tinha e esperava investir. Pedi pra colocar bagageiro, campainha, cestinha frontal e um ciclocomputador. Por R$ 200 e uma hora depois, nascia Sebastiana, minha companheira de viagem.

Sebastiana sendo montada...

Sebastiana sendo montada...

Reginaldo, da Aro Peças: valeu, camarada!

Reginaldo, da Aro Peças: valeu, camarada!

Coloquei a barraca e a mochila no bagageiro. Nas cestinha frontal (um adianto!), Foram 4 garrafas d’água (3 de 1,5litros e outra de 500ml) e coisas que precisava ter facilmente à mão, como comida, máquina fotográfica e protetor solar.
As 10:00 horas da manhã estava tudo pronto. Começaria a viagem.
Bike e ciclista prontos: começa a viagem

Bike e ciclista prontos: começa a viagem

7 Comentários (+adicionar seu?)

  1. barbabh
    jul 26, 2009 @ 12:40:40

    salve salve hermano….
    Que maravilha hien? Torci mto pra dar tudo certo, Jah abençoou…
    Continua o reltato que to doido pra ler o resto…
    Abração,

    Barba, paz e bem…

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  2. Juliana Reis
    set 25, 2009 @ 02:07:28

    Meu muito legal seu relato. Vou continuar lendo. Tenho vontade de pedalar por esses lados.
    Até

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    • André
      set 28, 2009 @ 13:20:39

      Valeu Juliana!
      Acehi o lugar lindo demais. Alguns trechos bem desabitados, e com pouca estrutura turística. Na verdade, uma estrutura diferente dessas que estamos acostumados em cidades mais exploradas.
      Inté

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  3. Trackback: Julho | Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta
  4. Trackback: Outubro 2010 | Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta
  5. Dete Teixeira
    nov 04, 2010 @ 14:48:38

    Parabéns, aventureiro vc, é isso que vale a pena na vida, trabalhar e tmbém pedalar.Se soubessem o bem que faz para a alma……

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  6. Trackback: Quando menos é mais – reflexões sobre as viagens de bicicleta | Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta

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